29 julho 2009

show em Teresina – o fim da viagem







(fotos de Beto Ribeiro)

Encerrando nossa viagem de onze dias por Maranhão e Piauí, fizemos um show no auditório da Central de Artesanato Mestre Dezinho, em Teresina, no sábado, dia 18 de julho. Apesar do pequeno público, o show foi fantástico numa interação maravilhosa com os presentes. O show foi aberto pelo cantor e compositor piauiense Dalmir Filho e sua banda. Dalmir é um dos artistas da nova geração, dono de uma voz privilegiada.

O produtor do show na capital do Piauí, Lucas Alves, fez um trabalho primoroso. Percorremos praticamente todas as emissoras de TV da cidade, além das principais rádios. Jornais da cidade também divulgaram amplamente o show. O pequeno público faz parte desse trabalho incansável do artista. É preciso divulgar e divulgar, incessantemente, para que mais pessoas possam conhecer a nossa produção. A semeadura não pode parar, para que um dia se colha os frutos.

Para ver a divulgação, acesse os links:
http://www.emdianews.com.br/noticias/carlinhos-veiga-e-rubao-apresentampelas-estradas-desses-brasisem-teresina-14086.asp
http://180graus.brasilportais.com.br/cultura/equotpelas-estradas-desses-brasisequot-faz-um-retorno-a-cultura-de-teresina-223376.html
http://www.piaui.pi.gov.br/materia.php?id=35937
http://www.sistemaodia.com/noticias/pelas-estradas-desses-brasis-sera-apresentada-em-teresina-47768.html

Ao final do show tivemos contato com artistas locais e apreciadores da boa arte que por lá estiveram para nos prestigiar. Bons contatos foram feitos.

Agradecemos ao Lucas e a toda equipe da MPC de Teresina que estiveram conosco nos apoiando em mais essa iniciativa.

Na madrugada do dia 19 retornamos para Brasília. Como foi bom chegar em casa... Mas certamente parte do coração ficou ali, semeado por entre os babaçus, as pedras e as estradas daquela parte do país. Esperamos um dia voltar àqueles locais, se assim Deus for servido.

(foto de Beto Ribeiro)

de codó para teresina

A viagem da troupe “Pelas estradas desses brasis” seguiu de Codó (MA) para Teresina (PI). Foram pouco mais de duas horas de estrada, parando em Caxias (MA) para dar um abraço no amigo músico Naum Esteves.

Naum é um grande artista popular cujo trabalho é reconhecido tanto fora quanto dentro da igreja. Há alguns anos atrás ele foi contratado por uma grande gravadora do meio “gospel” (não sei porque, mas não gosto desse termo quando se refere à música feita por brasileiros...). Teve e ainda tem canções gravadas por nomes que alavancam a indústria cultural no meio cristão. No entanto, o primor da obra de Naum o povo brasileiro ainda desconhece. Ele tem uma maneira toda especial de dizer do povo nordestino e seu encontro com o Evangelho, estilo que vi em poucos artistas cristãos. O meu desejo sincero é que ele possa gravar também esse outro lado de suas obras para que o povo brasileiro seja enriquecido com essa bela obra.

Chegamos em Teresina e fomos diretamente para o Congresso de Jovens da AICEB (Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas). Eram mais de 600 congressistas reunidos numa casa católica, nos arredores da capital piauiense. Nossa participação foi pequena, com apenas duas apresentações nas noites e uma condução de cânticos num período da manhã. No entanto foi muito bom estar ali e fomos recebidos carinhosamente.



Foto de Beto Ribeiro

Tivemos momentos agrabilíssimos e abençoadores, como as mensagens do Pr Natã e as conversas de corredores com irmãos de diversas localidades. Percebemos que boa parte da igreja ainda não está acostumada em ouvir músicas nos ritmos nacionais. O “ti-cum-bum” norte americano é bem assimilado e predomina. Quando ouviram nossas canções em ritmos de xote, baião, pagode de viola, catira, bumba-meu-boi, entre outros, parte do povo estranhou. Creio que o nosso trabalho também passe por aí: uma conscientização de que a cultura brasileira não é algo a ser descartada, mas a ser resgatada pelo Evangelho. Não é um trabalho fácil, mas necessário.

Na noite de sexta-feira tivemos contato com expressões culturais regionais diversas nesse congresso, como por exemplo a demonstração do carimbó, feito pelo pessoal de Belém e os vídeos sobre o ritmo do Boi Bumbá de Parintins, tocados por jovens daquele região, que me foi presenteado pelo Silvano.

Foto de Beto Ribeiro

Resta-nos agradecer aos queridos da AICEB que mais uma vez nos receberam com tanto carinho. Valeu por tudo!

28 julho 2009

numa casa de codó novo...

foto de Beto Ribeiro

uma cidade marcada por nomes interessantes

Carlinhos e Rubão sendo entrevistados pelo Pé de Queijo


Numa das entrevistas que demos em Codó, fomos recebidos carinhosamente pelo repórter da TV Record local. Rapidamente houve uma identificação e a entrevista foi alinhavada. Quando perguntei qual era o seu nome, ele me respondeu: “Pé de Queijo”. Insisti: “Como é que você quer que eu te chame no ar?”. “É Pé de Queijo mesmo... aqui eu ando pelas ruas e a meninada vem atrás... Pé de Queijo, Pé de Queijo!!!”.

Foi a partir daí que comecei a prestar atenção nos apelidos. Aliás, diga-se de passagem que todos têm seu apelido em Codó! Tornou-se uma questão cultural. Conhecemos o Mimi, o Carneirão, o Dedos de Aço, o Jacaré, que é irmão do Solteiro (que por sinal é casado), o Salada, Mucubu, Zoião, Braço de Radiola, Fogoió Cabeça Gorda Pai e Fogoió Cabeça Gorda Filho, Bafo-de-Onça, Seu Mim, Parente, Caixa de Marcha, Cazoberto, entre outros. E isso não é apelido de menino não. É de gente grande mesmo, alguns até ocupando cargos importantes na cidade.

Se parasse por aí, já seria bastante interessante. Mas, comecei a perceber que engraçados e diferentes não são só os apelidos dos cidadãos codoenses. Pesquisando fiquei sabendo de nomes como Elsextogênito (o sexto filho gerado), Eros Amente, Ednóssomo, Selah Solene de Aven (numa referência ao termo que surge em alguns salmos bíblicos), São Juízo, Selenita Septinosa, Iram Noviça, Padre Cícero Romão Batista, Belselmo (filho de Benedita com Alselmo), entre vários outros. Coisas de Codó!!!

um pouco mais sobre codó

Pedro Veiga no Banho São José (foto de Beto Ribeiro)


Os dias que a troupe “Pelas estradas desses brasis” esteve em Codó foram ricos de muita comunhão. Até uma tarde no “Banho São José” pudemos usufruir, com direito ao um almoço regado a carne de tatu. Coisas de Anselmo Neto, o produtor da viagem. Foi um tempo agradável de descanso, depois de muito trabalho.

No entanto, fizemos questão de conhecer também o lado sombrio de Codó. Nem tudo lá são flores e risos. Sabemos que o Maranhão também sofre da mesma disparidade social de todo o país e Codó, não é exceção à regra.

Numa tarde demos um giro pelos bairros de São Pedro e Codó Novo e o que vimos foi dezenas de crianças com os pés descalços correndo pelas ruas, brincado ao som do sempre presente reggae e também do sucesso gospel “Faz um milagre em mim”, de Regis Danese. As casas em sua maioria eram de taipa, algumas tendo por telhado folhas de babaçu. Pelas ruas escorria o esgoto a céu aberto.


(foto de Beto Ribeiro)

Segundo fomos informados, o inchaço de Codó se deu a partir da segunda metade dos anos 70, quando as terras foram apropriadas por empresários da região que forçaram o povo do campo a se deslocar para as cidades por questão de sobrevivência. O resultado, como era de se esperar, foi o aumento do bolsão de miséria em torno da cidade.

Estivemos na delegacia da cidade numa quarta-feira pela manhã. Um dos integrantes da nossa banda havia perdido seus documentos. Ficamos impressionados com o intenso movimento de pessoas no local registrando a ocorrência de assaltos, agressões e outros delitos. A violência é apenas uma das manifestações do que a injustiça social pode gerar.

E o que a igreja tem feito para mudar esse quadro? Essa é a pergunta que sempre vem à tona, não só em Codó, mas em todos os lugares por onde temos passado, inclusive em nossas próprias cidades. Tenho percebido que algumas igrejas tem se mobilizado para transformar a realidade das famílias carentes de nosso país e isso é fruto de uma leitura mais encarnada do Evangelho. A Missão Integral tem ajudado muito as igrejas de nosso país a compreenderem sua ação missionária de modo abrangente e bíblico. Mas as manifestações dessa encarnação ainda são raras. Estamos apenas à caminho...

Digo isto porque naqueles dias estávamos visitando uma região que foi grandemente prejudicada pelas chuvas torrenciais do início do ano. Pelos noticiários víamos as populações do Maranhão e Piauí desesperadas, perdendo tudo o que tinham por causa dos rios que transbordaram. No entanto, dois meses depois estávamos no local dos flagelos e em momento algum ouvimos ou vimos alguma ação das igrejas evangélicas com respeito aos desabrigados. Nem mesmo ouvimos alguém tocar no assunto.

Lembrei-me da Rosa, uma irmã da nossa igreja em Brasília, que abalada com as notícias sobre as chuvas em Santa Catarina começou a procurar na internet uma igreja que estivesse acolhendo os desabrigados ou mesmo fazendo algo para ajudá-los. Ela desejava contribuir com uma ação social que partisse de uma comunidade evangélica. Depois de muita procura me disse frustrada: “não consegui encontrar uma só igreja que esteja fazendo algo”. “É uma pena, Rosa...”

19 julho 2009

uma vida dedicada ao ministério

Pr Gegê (foto de Beto Ribeiro)


Nessa viagem o grupo do projeto “Pelas estradas desses brasis” teve o privilégio de conhecer muitas pessoas envolvidas com a pregação do evangelho no nordeste brasileiro. Uma dessas pessoas especiais, foi o Pr Genésio Guimarães Lima, pai do músico Rubão.

Com 79 anos de idade, esse pastor batista dedicou 46 anos ao ministério da pregação. Pr Gegê, como carinhosamente é conhecido, iniciou seu ministério em 1954, no Maranhão. Em 1958 foi trabalhar na 1ª de Igreja de São Luís, na congregação do bairro de Fátima (na época chamado Cavaco), como evangelista, onde depois veio se formar a Igreja Batista Bereana. Em 61 a congregação passou a ser igreja e ele assumiu a liderança do trabalho. Um ano depois foi consagrado ministro do evangelho.

Em 1968 mudou-se para Recife, com a fim de estudar no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Concluiu seus estudos em 72 e retornou para São Luís para trabalhar como diretor do Departamento de Missões do Estado do Maranhão. Assumiu também, na mesma época, a Congregação Batista do São Francisco.

Em abril de 75, mudou-se para Codó, onde assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista. A igreja possuía um templo pequeno e sua ação na cidade era quase sem nenhuma relevância. Estavam arrolados 46 membros. Ele entendeu que a cidade era um enorme desafio de Deus para a sua vida. Ali, desenvolveu o trabalho, organizando inicialmente a música. No seminário aprendeu saxofone, mas visando facilitar a comunicação com o povo da cidade, levou consigo um acordeom. Pouco tempo depois se converteu um violonista que veio somar ao trabalho musical da igreja.

Segundo o pastor, “foi um período fértil de muitas conversões”. Alguns anos depois a igreja já possuia 308 membros batizados. As cadeiras doadas pelo antigo cinema já não conseguiam comportar o fluxo de novas pessoas, Foi necessário conseguir mais bancos que eram colocados nos corredores e nas laterais do templo. O ministério expandiu.

Em 1977 fundou a Igreja Batista Luz e Vida, em Caxias. A igreja foi organizada com 160 membros, a partir de um grupo dissidente. Fundou ainda as congregações nos povoados de Santa Clara, São Benedito, São Domingos, Timbiras e ainda as congregações no Km 17 e da Fábrica de Cimento, na cidade de Codó.

Depois de aposentado, foi desafiado a assumir uma nova congregação, onde veio ser organizada a Segunda Igreja Batista da cidade.

Hoje mora em Pedreiras e coopera com a Primeira Igreja Batista do Engenho, uma comunidade de poucos membros.

A equipe do "Pelas estradas desses brasis" teve o privilégio de usufruir da companhia agradabilíssima e sempre alegre do Pr Gegê. Momentos que guardaremos para sempre em nossa memória. Um homem de Deus!

movimento cultural em codó

(foto de Beto Ribeiro)

(foto de Beto Ribeiro)
Na segunda-feira, dia 13 de julho, foi o dia da apresentação do “Pelas estradas desses brasis” na cidade de Codó (MA). O show foi realizado na quadra de esportes do Colégio Batista da cidade, reunindo mais de 400 pessoas e movimentando a cidade.

A abertura do show foi feita por artistas da região. O primeiro a se apresentar foi a banda formada pelos professores e alunos da escola de música do Colégio Batista, relembrando canções conhecidas no meio evangélico. Logo depois, apresentou-se Orlando Maranhão, artista engajado nas questões ecológicas da região que apresentou entre suas canções a bela “SOS Itapecuru”, música conhecida da população local e que trata sobre a preservação desse importante rio da região. Orlando é conhecido em todo norte e nordeste brasileiro por suas participações em festivais.


(foto de Beto Ribeiro)

Carlinhos Veiga, Rubão e banda apresentaram um show mesclando canções de suas autorias com MPBs conhecidas do público. Músicas consagradas como “Ultimo Pau de Arara” e “Trem do Pantanal” foram apresentadas ao lado de “Jamaica brasileira” e “Rua de menino”, de Rubão, e “Acuípe” e “Esse mundo tá louco”, de Carlinhos Veiga. Ao final Rubão entoou “Sou de São Luis”, que foi acompanhada de maneira emocionada pelo público presente.

A banda que acompanha Carlinhos (voz, viola caipira e violão) e Rubão (voz e violão) é formada por Pedro Veiga (baixo), Juninho (acordeom), Jader Steter (bateria) e Ismael Rattis (percussão). A equipe ainda conta com a participação de Beto Ribeiro (assessoria de mídia) e Neto (produção).
Assista a música "Brasis do Brasil", cantada por Carlinhos Veiga, no show de Codó, através do link http://www.youtube.com/watch?v=eMbwqF1sppo. É só clicar!

de são luis para codó




(fotos de Beto Ribeiro)

Rubão, Carlinhos Veiga e banda participaram em cultos de três igrejas em São Luís, nos dias que ali permaneceram. Na quinta-feira, dia 09, cantaram na Catedral Maranata de Louvor, no bairro do Turu. O ministro de louvor, Jean, esteve à frente da programação. Muitos cânticos novos foram ensinados à igreja que sempre respondia com muito entusiasmo. Vale a pena citar que a característica principal do trabalho musical deste grupo é a linguagem brasileira de suas canções, valorizando os ritmos nacionais. Cânticos nos ritmos de xote, baião, pagode de viola e reggae foram entoados contagiando a todos. O pregador da noite foi o Carlinhos Veiga que discorreu sobre a pesca maravilhosa, citada em Lucas 5.

Na sexta-feira, dia 10, o grupo se apresentou para um grupo bastante heterogêneo na Igreja Assembléia de Deus da Cohab, entoando canções antigas, mescladas com os novos cânticos de seu repertório. A igreja estava praticamente lotada, algo incomum para um culto de semana. Nessa noite Carlinhos Veiga pregou sobre Louvor e Adoração, baseado no Salmo 150.

A última apresentação em igrejas de São Luis aconteceu no domingo, dia 12, pela manhã. Os músicos foram recebidos de maneira muito carinhosa pela Igreja Batista do Calvário, no bairro São Paulo. Sob a liderança do Pr Vladimir Camilo, esta igreja está há 42 anos servindo ao Senhor continuamente. Foi uma manhã abençoada de testemunhos e muita música.

Após o almoço o grupo se despediu da capital e seguiu para Codó, uma cidade do interior do Maranhão, distante 301 km. Pelo estado precário da rodovia, a viagem se estendeu por mais de 5 horas. Codó está situada na região central do estado, conhecida como região dos cocais. Com aproximadamente 130 mil habitantes, o município é movimentado economicamente pela agricultura familiar, pecuária e a exploração do babaçu.

Carlinhos, Rubão e banda se apresentaram na noite do domingo, dia 13, na Primeira Igreja Batista. Carlinhos foi o pregador, trazendo uma mensagem evangelística. O templo estava lotado.


Para ver um vídeo sobre "pelas estradas dá um sono..." acesse o link http://www.youtube.com/watch?v=TTbydXADaSI



show no joão do vale




O movimento cultural da cidade de São Luís do Maranhão impressiona a todo aquele que a visita. São inúmeros shows acontecendo simultaneamente nos centros culturais e teatros, apresentações de artistas da cidade nos bares do centro histórico, nos quiosques na orla marítima, nas casas de shows da periferia. Essa capital que impressionava como a cidade onde existe um poeta em cada esquina, tem sido conhecida também como uma grande produtora e incentivadora de músicos e instrumentistas.

No sábado, dia 11 de julho, a Mocidade Para Cristo de São Luís promoveu no Teatro João do Vale, situado no centro histórico Reviver, o espetáculo “Alumiô – porque semo o sar da terra e o candiêro do mundo”. É o terceiro ano que esse espetáculo evangelístico acontece contado a história de personagens simples do sertão, numa linguagem cômica. É uma estória contínua, desde o primeiro ano, onde a cada ano os mesmos personagens se reencontram e se envolvem em novas tramas. Nesse ano a apresentação teatral foi ampliada com a inserção do show musical “Pelas estradas desses brasis” dos artistas Rubão e Carlinhos Veiga.

O teatro estava quase lotado, sendo prestigiado por pessoas de diversas faixas etárias. Segundo os promotores do evento, o retorno foi muito bom, e já planejam organizar a próxima edição para 2010.
Assista a música "Sou de São Luis", de Rubão, cantado no show do Teatro João do Vale. É só cliclar no link http://www.youtube.com/watch?v=vmL2Hn9MhNg.

os sotaques do boi





(fotos de Beto Ribeiro)

No Maranhão o boi fala. E fala alto! Ainda sob os efeitos das festas juninas, o Governo do Estado, em parceria com a empresa Vale do Rio Doce, produz no mês de julho o “Vale Festejar”, no convento das Mercês, centro histórico da capital. É um mês inteiro de festas, onde de quinta a domingo os diversos bumbas-meu-boi do estado são apresentados à população e aos turistas. É uma festa de grande beleza!

O bumba-meu-boi maranhense tem três sotaques marcantes: de orquestra, de matraca e de zabumba. O primeiro é caracterizado pela rica presença dos instrumentos de sopro, conduzidos por uma banda de peso. Produz um som vibrante, marcado por uma coreografia de rica beleza, onde os passistas vestem roupas coloridas e luxuosas. É uma manifestação cultural mais produzida, teatral. Um dos bois de orquestra mais conhecido é o de Morros.

O boi de matraca, como o próprio nome diz, tem por acompanhamento básico a matraca , um instrumento feito de duas peças de madeira que, quando percurtidas, produzem um som estridente e característico desse ritmo musical. Acompanham ainda o pandeirão e o tambor de onça, que imita o som do boi. Quando os instrumentos soam “a terra treme”. É uma festa bastante popular, produzida pelo povo. Muito embora seja menos luxuosa que o boi de orquestra, possui também uma beleza exuberante. O mais famoso nesse sotaque é Boi da Maioba (um povoado dentro da Ilha).

O boi de zabumba é o mais carregado dos três e valoriza elementos espirituais. Além dos personagens tradicionais da Catirina e do Pai Francisco, traz os “cazumbás” que são os espíritos da floresta. É marcado por instrumentos percussivos de pele, como o pandeirão e o tambor de onça. Sua sonoridade remete aos ritmos afros. O boi de zabumba que se destaca é o Boi de Guimarães.

Ainda no “Vale Festejar” o povo tem contato com as danças cacuriá e tambor de crioula, também característicos da cultura maranhense.

uma rádio a serviço do reino



Há dezenove anos surgia em São Luis do Maranhão a primeira rádio evangélica no Brasil. Era a Esperança FM, ligada às Assembléias de Deus. Através dela milhares de pessoas tiveram o contato com o Evangelho de Jesus Cristo por meio de sua programação que consta basicamente de programas musicais e pregações bíblicas.

Carlinhos, Rubão e banda foram entrevistados num dos programas de maior audiência da cidade, no período da manhã, apresentado pela radialista Aldinha. É um programa de variedades, com a participação do público em geral e entrevistas. O grupo foi muito bem recebido e pode mostrar um pouco de seu trabalho ao vivo.

Recentemente a FM Esperança passou a produzir também programas de TV em parceria com a Rede Boas Novas, com sede em Belém e conduzida pelo Pr Samuel Câmara. Ela entra na grade horária daquela empresa produzindo programas locais veiculados apenas para o estado do Maranhão. A produção ainda é pequena, mas tende a ser ampliada com o crescimento da TV local.


alcançando a juventude maranhense com o evangelho

A Mocidade Para Cristo é uma missão que surgiu nos Estados Unidos em 1945, no período pós-guerra. Sua missão é anunciar o Evangelho de Jesus Cristo à juventude. Na década de 50 essa missão chegou ao Brasil e hoje se espalha por mais de 30 cidades. Uma das capitais onde a missão se instalou foi São Luis, no Maranhão. O trabalho ali começou por iniciativa de jovens locais, logo após a realização do congresso Geração 90, em Brasília. No entanto, anos depois o trabalho foi encerrado por falta de liderança.

Com o surgimento, no Maranhão, do movimento de mães de oração Desperta Débora, no ano de 2000, um grupo de mulheres começou a orar pelo despertamento espiritual dos jovens ludovicenses. A resposta dos céus foi rápida. O trabalho foi logo retomado por um grupo que passou a ter contato com o trabalho da MPC do Brasil por meio da internet e do contato com o diretor executivo da missão, Marcelo Gualberto. Orientados por Eliane Werner, assessora ministerial, os primeiros ministérios foram reiniciados.

O atual secretário executivo da Filial São Luis é Yatha Anderson Borges de Lima, 31 anos. Casado com Hellen, e pai de Imna e Abraão, está há 4 anos liderando a missão. Segundo Yatha, os desafios da Ilha do Amor, como carinhosamente São Luis é chamada, são enormes.

Com uma população de aproximadamente 1 milhão de pessoas, cerca de 40% da cidade é tida por evangélica, segundo constata Yatha. No entanto, os problemas sociais são graves. Os contrastes alarmantes criaram um verdadeiro abismo entre a camada mais rica da população e os mais pobres. A educação pública está sucateada, enquanto que universidades particulares são conhecidas pelo bom nível. Faltam oportunidades de emprego. Talvez um dos maiores desafios que a cidade enfrenta seja a prostituição infanto-juvenil, incentivada largamente pelos promotores do turismo sexual.

A MPC busca combater essas realidades com uma atuação constante em diversas áreas. Seu principal foco de atuação é nas escolas, através dos clubinhos bíblicos e dos mutirões evangelísticos – onde realizam eventos associados à distribuição de farto material bíblico. Entendem que a escola é um dos principais campos missionários em nosso país.

Pensando nos desafios da educação, criaram o Projeto Flecha. Nele, selecionam alunos da rede pública, principalmente os mais carentes, e oferecem um curso pré-vestibular gratuito, com a participação de igrejas que cedem suas instalações e de professores voluntários, a maioria atuando nas universidades. Àqueles mais necessitados é oferecida uma ajuda de custo para o transporte. No ano passado 25 alunos fizeram o curso e dois foram aprovados na UEMA – Universidade Estadual do Maranhão. Outros se abriram para o evangelho e experimentaram transformações em suas vidas pessoais e familiares. “A equipe vê o resultado e agradece a Deus pelas vitórias”, afirma Yatha.

O Projeto Reviver foi criado numa parceria entre os governos estadual e federal, com o fim de revitalizar o centro histórico. Prédios, praças e ruas foram restauradas, remetendo aqueles que por ali passam ao rico arcabouço histórico da cidade. No local existem vários espaços culturais, bares e teatros. A MPC, aproveitando o movimento do local, criou o “Quintas para Reviver”, onde realizam, às quintas-feiras, atividades culturais e evangelísticas nas praças, através de música e pantomima.

Aproveitando o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente no bairro do Barreto, um dos mais violentos da cidade, a MPC iniciou um trabalho com a juventude do local. Mensalmente realizavam um encontro com a juventude, oferecendo palestras com temas pertinentes à conscientização social. O trabalho foi complementado com a realização de um acampamento evangelístico. Um trabalho que rendeu frutos para a comunidade local.

Para contatos com a MPC, escreva para yathanderson@hotmail.com ou visite o site http://www.mpc.org.br/.

Assista uma breve entrevista com Yatha no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=ULsSPRTMQVQ

pelas estradas desses brasis no nordeste


Em 2008, Carlinhos Veiga realizou na cidade de Brasília um projeto cultural denominado Pelas Estradas desses Brasis, numa parceria com a FUNARTE – Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura. Foram quatro shows realizados na Sala Cassia Eller, onde Carlinhos trazia um convidado de uma parte do país e dividia com ele o palco. Nessa primeira edição, teve o privilégio de receber quatro parceiros de muito talento: Stênio Március (SP), Rubão (MA), Expresso Luz (GO) e Telo Borges (MG).

Uma síntese do projeto foi realizada no mês de abril na cidade de Belo Horizonte, por ocasião do Som do Céu 25 anos, contando com a presença de Carlinhos e os quatro convidados.

Agora, o projeto percorre o nordeste. Carlinhos e Rubão visitam por dez dias as cidades de São Luis, Codó e Teresina, levando sua arte e sua mensagem em espaços culturais, igrejas e praças.

A equipe é formada por: Carlinhos Veiga (voz, viola caipira e violão), Rubão (voz e violão), Jader Steter (bateria), Ismael Rattis (percussão), Pedro Veiga (baixo e vocal), Juninho (acordeom) e os apoiadores Beto Ribeiro (assessoria de mídia) e Neto (produção).

O grupo saiu de Brasília na noite de quarta-feira, dia 08 de julho, chegando a São Luis na madrugada do dia 9. Foram recepcionados pela equipe da Mocidade Para Cristo, sob a liderança de Yatha Anderson, responsável pela agenda do grupo na cidade.

Nesse primeiro dia Carlinhos Veiga, Rubão e banda se apresentam na Catedral de Louvor Maranata, no bairro Turu. Logo após visitam o Vale Festejar, no Convento das Mercês, a fim de ter contato com os diversos sotaques de bumba-meu-boi da cidade.