30 novembro 2009

show na funarte



21 outubro 2009

pauta funarte 2009

Nesse último final de semana, dia 16 de outubro, saiu a lista dos selecionados para o Pauta Funarte 2009. Para a minha surpresa meu nome estava lá. Foram quase 2.700 inscritos e apenas 60 selecionados para apresentações nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Veja os selecionados clicando aqui.

Já encaminhei toda a documentação e o show acontece em Brasília, na Sala Cássia Eller, no dia 4 de dezembro. Você que me lê, é meu convidado. Apareça por lá!

Vejo tudo isso como um grande privilégio de Deus para o meu trabalho como músico, bem como de todos os meus companheiros. É como se dos céus ouvíssemos: "sigam em frente, sou eu mesmo quem abro e fecho as portas". Já foram tantas portas fechadas, que essa agora aberta chega em hora apropriadíssima.

Vamos lá...

15 outubro 2009

conheci o sítio brejinho


Fim de semana inspirado este. Depois de passar por Salvador, onde participei com o Pedro Veiga (baixo) e Ismael Rattis (percussão) do congresso “Transformando a Missão”, seguimos direto para Garanhuns (PE). Estivemos ali contribuindo com o Congresso da MPC daquela cidade, que comemorava seus cinco anos de ministério. O tema “Cidade de Deus, cidade dos homens” era bem sugestivo e apontava para uma reflexão e uma prática missionária para a cidade.

Durante esses dias tivemos o privilégio de ser recebido na casa do companheiro de ministério Marcos André Fernandes, ou como é conhecido, Marcos Sal da Terra. Marcos mora no Sítio Brejinho, distante poucos quilômetros de Garanhuns. Sua casa é uma maravilha. Nada de luxo ou opulência: é um lugar simples, muito bem cuidado e cheio de amor por todos os cantos. Sua esposa, Betânia, é uma mulher especial, companheira no sentido mais literal da palavra. Seus filhos Larissa e Gabriel são meninos especiais: além de bonitos, muito educados. Larissa é mais espontânea, Gabriel, mais retraído. Enquanto ela se deleitava no computador e nas conversas, ele ficava entre as árvores do enorme quintal, brincando com a natureza.

Todo dia de manhãzinha era a hora de saborearmos aquele café gosto, quentinho, fumegando, acompanhando de variados tipos de pão, bolos e o inesquecível queijo de coalho, passado na frigideira. Êita trem ajeitado, visse?

Assim que retornei, escrevi para o Marquinhos (já percebeu a intimidade, não é?) dizendo que esses encontros são fantásticos porque vão transmutando a nossa admiração. Passamos de tiete (admiradores de longe), onde quase divinizamos as pessoas, para amigos (admiradores de perto) onde humanizamos as pessoas. Já tive o privilégio de recebê-lo em minha casa em Brasília; agora foi a vez de ser recebido. E assim a amizade que humaniza vai sendo cultivada.

O Sítio Brejinho é uma bênção na vida dessa família. Apesar de estar no nordeste, que tem sido conhecido pela seca, o local está cercado por uma verde mata o ano inteiro. Agora mesmo, em outubro, apesar de estar a vários meses sem chuva, a mata está verdinha e os pés de pitanga, caju e acerola carregados de flores e frutos.

Além do mais, Garanhuns é área de transição – situada no Agreste pernambucano, região normalmente de clima mais frio e ameno – é portal de entrada para o sertão. Cerca de 60 km dali você já entra numa das áreas mais sofridas do país, lugar de pobreza, miséria, fome, idolatria, analfabetismo, escassez e todo tipo de estiagem. Estranho, como uma das regiões mais ricas culturalmente pode ser ao mesmo tempo uma das mais pobres monetariamente.

E é exatamente aí, onde impera a seca, que o Marcos, juntamente com o Sal da Terra, fazem missão. Bem que ele poderia ignorar a miséria ao lado e se deleitar no Sítio Brejinho, fazendo canções, cuidando de seu pomar, realizando seus projetos pessoais. Mas, ao contrário, usufrui pouco desse espaço, porque sua vida se resume em percorrer os cantos mais escuros desse sertão levando a Água da Vida aos sedentos.

Marquinhos, Betânia, Larissa e Gabriel. Vocês têm minha admiração e meu respeito. É bom caminhar com “cabras” como vocês.

17 setembro 2009

no clube do choro

Foto de Márcia Pacheco

Esse é o quarto ano consecutivo que nos apresentamos no projeto "Prata da Casa" do Clube do Choro de Brasília. Foi uma experiência bem diferente dessa vez. Não fizemos a divulgação tão agressiva entre aquele que é o nosso público cativo, ou seja, o pessoal das igrejas. Talvez por falta de tempo. Deixamos a coisa "rolar" para ver no que ia dar. E, para a nossa surpresa, a casa estava praticamente cheia de um público bem diverso daquele que estamos acostumados. Vários alunos dos músicos da banda levaram seus familiares, outros que tomaram conhecimento do show pela mídia (jornais e site do Clube do Choro), além da clientela fiel do Clube - muita gente nova estava por lá. Isso é claro, além dos amigos e do público que sempre nos acompanha e é o nosso suporte.

Outra novidade é que diferentes nacionalidades estavam presentes, todos querendo ouvir música brasileira: gente do Japão, da Itália, dos Estados Unidos. "Foi o melhor show de MPB que já assisti", elogiou uma das japonesas presentes.

Nesse show apresentamos quatro novas canções, das quais duas entrarão no próximo trabalho - o DVD que será gravado em fins de março na cidade histórica de Pirenópolis.

A experiência de cantar nesses espaços culturais é sempre renovador para todos nós. Temos ouvido tantas pessoas que se interessam em saber mais sobre a gente, nosso trabalho e nossa fé. Espero que Deus nos dê graça e fôlego longo para irmos ainda mais além nesse projeto.

Se quiser ouvir trechos de algumas canções do show, veja o material publicado por uma amiga no youtube. Basta clicar aqui.

09 setembro 2009

som do céu especial em brasília 2

O Som do céu em Brasília bombou!!! Mais de 500 pessoas estiveram presentes, no dia 24 de agosto de 2009, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional, para comemorar os 25 anos do Som do Céu. Foi uma sucessão de shows com artistas que já pisaram nos palcos desse evento em BH.

Marcelo Gualberto, diretor nacional da Mocidade Para Cristo (MPC) e idealizador do Som do Céu, apresentou o evento. Carlinhos Veiga e banda abriram o show, com suas canções regionais. Na sequência se apresentou o grupo Sal da Terra, de Garanhuns, que agitou o povo com seu forró pé-de-serra. Zazo, no formato violão e voz, cantou duas de suas canções e com seu carisma arrancou aplausos e sorrisos do público. Logo depois foi a vez do reggae dançante de Rubão e Cia e por fim a black music de Som da Fé, que fechou o show em alto estilo.

Além das apresentações musicais o povo pode conferir a exposição de fotos dos 25 anos do Som do Céu e ainda participar do lançamento do Livro do Som do Céu, com direito a autógrafos dos artistas presentes.


Exposição de fotos dos 25 anos (foto de Bruna Guimarães)


Zazo, violão de voz (foto de Bruna Guimarães)


Marcelo Gualberto (foto de Bruna Guimarães)


Sondafé (foto de Bruna Guimarães)


Público presente (foto de Bruna Guimarães)


Carlinhos Veiga e banda (foto de Bruna Guimarães)

03 setembro 2009

no clube do choro em setembro


Mais uma vez nos apresentaremos no Clube do Choro de Brasília, Projeto Prata da Casa. Sem dúvida alguma esse é um dos palcos mais conceituados da Capital Federal e que tem recebido artistas, principalmente instrumentistas, do mais alto gabarito da música popular brasileira.

Além do repertório tradicional dos nossos CDs, dessa feita cantaremos canções de Dorival Caymmi (o homenageado do ano pelo Clube do Choro), Stênio Március, Gustavo Veiga e Carlos Brandão, entre outros. Será também uma oportunidade de mostrar algumas canções novas de minha autoria.

Será um prazer recebê-los!!!

27 agosto 2009

sesquicentenário da ipb


Há exatos 150 anos aportou em nosso país o Rev. Ashbel Green Simonton, o pioneiro da Igreja Presbiteriana do Brasil. Muito embora a fundação da primeira igreja em solo brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro, somente tenha ocorrido anos depois, a chegada do missionário simboliza o princípio do trabalho presbiteriano em nossas terras.
A IPB está em festa, realizando cultos e programações especiais em várias partes do país. Em Sergipe, centenas de pessoas superlotaram o Teatro Tobias Barreto para as comemorações do sesquicentenário. Em Salvador as festividades aconteceram no Centro de Convenções. Em São Paulo, mais de 10 mil pessoas estiveram presentes no Ginásio do Ibirapuera. Para atender a todos os participantes foi necessário colocar dois telões do lado de fora, para que o público que não pôde entrar também participasse do culto e ouvisse a mensagem do Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB.
Ontem, às 15h, as festividades prosseguiram na cidade do Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas se reuniram para uma Grande Cruzada Nacional, realizada na Praça da Apoteose, na Rua Marquês de Sapucaí. O pregador foi o Rev. Hernandes Dias Lopes. O espaço conhecido por ser o templo do samba, por onde desfilam anualmente as principais escolas do país, transformou-se por algumas horas num local de culto e adoração ao Deus verdadeiro.
Nos últimos meses as Assembléias Legislativas dos Estados do Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais prestaram homenagens à IPB, em reconhecimento pelos seus relevantes serviços à nação brasileira. Uma sessão especial foi realizada no Congresso Nacional, com a presença de diversos parlamentares e autoridades eclesiásticas. Com isso vemos que a presença da IPB se faz sentir de maneira honrada em nossa sociedade, o que para nós é uma alegria, em tempos onde o Evangelho tem sido envergonhado por tantas lideranças.
As homenagens prosseguem até o final do ano. Em Brasília um grande culto deve acontecer no dia 24 de outubro, com local ainda a confirmar. Seria muito bom se a IPLN se fizesse representar por seus membros, agradecendo a Deus por Sua fidelidade nesses 150 anos de intenso trabalho.
Louvado seja Deus por nossa igreja. Que ela prossiga servindo a Deus lutando pela expansão do Reino.

21 agosto 2009

som do céu especial em bh


Foi muito legal. Rolou no Teatro da Biblioteca municipal, na Praça da Liberdade, em BH. Estivemos eu, Jorge Camargo, Carol Gualberto, Telo Borges e Catavento, comandados pelo Marcelo Gualberto. Dia 24 de agosto, em plena segunda-feira, foi a vez de Brasília, no Teatro Nacional. Depois vem Recife e São Paulo em novembro e São José dos Campos em dezembro. Mais informações no site http://www.mpc.org.br/.

nossa música brasileira

No feriadaço de 7 de setembro acontece a 3ª edição do Nossa Música Brasileira. Estaremos lá, mais uma vez, marcando presença nesse evento significativo. Mais informações no http://www.jovensdaverdade.com.br/.

nos trilhos de campinas e jaguariúna (sp)


Nos final desse agosto estaremos nos apresentando no projeto Brasis com Arte, em Campinas e Jaguariúna. Dia 28 de agosto, sexta, na Chácara Primavera, em Campinas; e no sábado, 29, no Teatro Dona Zenaide, em Jaguariúna. Povo de Sampa... apareça!!!

carlinhos e banda na fnac brasília


Foi um show super legal. A FNAC é uma das lojas mais conceituadas na área da informática/equipamentos de vídeo e áudio/livraria/CDs e DVDs. Eles têm um espaço destinado a apresentações de artistas e bandas. Muita gente de peso já pisou naquele palco, entre eles Lenine, Paulinho Moska, Jairzinho, Leila Pinheiro e por aí vai...

Tivemos o privilégio de fazer um som ali, nesse agosto de 2009. A resposta do público não poderia ser melhor. Quem foi, constatou... Quem não foi, tá convidado a aparecer na próxima.

Obrigado à Márcia Pacheco pelas excelentes fotos.

11 agosto 2009

06 agosto 2009

saudades de casa


A empresa britânica Today Translations produziu recentemente uma lista com as palavras mais difíceis do mundo para se traduzir, segundo a opinião de mil tradutores profissionais. A palavra em português “saudade” figurou na lista em sétimo lugar. A grande dificuldade é mais que um problema puramente técnico. É questão de entender um sentimento tão culturalmente abstrato e explicá-lo por meio da escrita.

Nessa tarefa, os bons dicionários estrangeiros precisam fazer malabarismo. Até mesmo os dicionários da língua portuguesa enfrentam problemas com o verbete. Para o Houaiss, saudade é um “sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável”. Apesar de todo o esforço, ainda falta algo.

Parece-me que a tradução de sentimentos, pela sua subjetividade, são mais discerníveis nas palavras de poetas. Tom Jobim e Vinícius de Morais cantaram: “chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz / não há beleza, é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai”. Djavan e Chico Buarque fizeram uma canção dizendo “Era tanta saudade / É, pra matar / Eu fiquei até doente / Eu fiquei até doente, menina / Se eu não mato a saudade / É, deixa estar”.

Mas, quem mais cantou a saudade foi o homem do campo, do interior: “Saudade palavra triste quando se perde um grande amor / na estrada longa da vida, eu vou chorando a minha dor” (Gimenez, Fortuna e Pinheirinho Jr.)... “A saudade nas noites de frio / em meu peito vazio irá se aninhar / A saudade mata a gente, morena, / A saudade é dor pungente, morena!” (Barro e Almeida) ... “A tua saudade corta / como aço de navaia / O coração fica aflito / bate uma, a outra faia / e os óio se enche d’água / que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai” (Vanzolini e Xandó). Patativa do Assaré, grande poeta popular, escreveu: “Saudade dentro do peito / É qual fogo de monturo / Por fora tudo perfeito, / Por dentro fazendo furo. / Há dor que mata a pessoa / Sem dó e sem piedade, / Porém não há dor que doa / Como a dor de uma saudade. / (...) A saudade é jardineira / Que planta em peito qualquer / Quando ela planta cegueira / No coração da mulher, / Fica tal qual a frieira / Quanto mais coça mais quer”.

Sentimos saudades da infância, dos pais, dos amigos, de momentos eternizados na memória. Mas, sem dúvida alguma uma saudade é mais forte. Talvez, para muitos, ela seja até indecifrável e, por isso, tratada como doença da alma. As fábricas já produzem remédios para abrandar essa saudade. Eu falo da saudade do Eterno, do Pai. Saudade de algo quem nem ainda aconteceu.

Deus quando cria o ser humano se relaciona com ele. Não o cria e o abandona no jardim. Não! Na viração do dia, o Senhor se encontrava com o homem e a mulher. E conversavam e o Senhor olhava para eles e compreendia os seus sentimentos como Pai amoroso. Mas, veio o pecado. O ser humano optou pela desobediência e uma separação traumática se deu. Um fosso surgiu entre o Deus Santo e o homem pecador. A alma foi dilacerada pela ausência do Pai. O ser humano sofreu e sofre a ausência do seu amado Senhor.

Alguns chamam essa lacuna no coração do homem de “vazio cósmico”. Outros de “vazio existencial”. Uma saudade não sei do quê, não sei de quem, uma incompletude que corrói, que angustia, que aflige. Digo, sem medo de errar: é saudade de Deus, saudade dos braços do Pai. Saudade de sentir bem perto o amor de quem nos criou e nos ama verdadeiramente. Poderemos fazer de tudo para tentar resolver esse vazio: paixões, amores por pessoas ou coisas; imersão total nos estudos ou no trabalho; desejar os bens e as riquezas, o poder e o prestígio – mas nada disso poderá preencher essa saudade do Eterno que está alojada dentro de todo ser humano. Saudade que clama, “tal qual frieira / quanto mais coça mais quer”.

Essa saudade será totalmente apagada quando voltarmos à casa do Pai, de onde viemos. E ouviremos da boca de Jesus, o nosso Redentor: “Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” (Mateus 25.34). E a palavra saudade desaparecerá de todos os dicionários. Não mais existirá... em nenhuma língua!

29 julho 2009

show em Teresina – o fim da viagem







(fotos de Beto Ribeiro)

Encerrando nossa viagem de onze dias por Maranhão e Piauí, fizemos um show no auditório da Central de Artesanato Mestre Dezinho, em Teresina, no sábado, dia 18 de julho. Apesar do pequeno público, o show foi fantástico numa interação maravilhosa com os presentes. O show foi aberto pelo cantor e compositor piauiense Dalmir Filho e sua banda. Dalmir é um dos artistas da nova geração, dono de uma voz privilegiada.

O produtor do show na capital do Piauí, Lucas Alves, fez um trabalho primoroso. Percorremos praticamente todas as emissoras de TV da cidade, além das principais rádios. Jornais da cidade também divulgaram amplamente o show. O pequeno público faz parte desse trabalho incansável do artista. É preciso divulgar e divulgar, incessantemente, para que mais pessoas possam conhecer a nossa produção. A semeadura não pode parar, para que um dia se colha os frutos.

Para ver a divulgação, acesse os links:
http://www.emdianews.com.br/noticias/carlinhos-veiga-e-rubao-apresentampelas-estradas-desses-brasisem-teresina-14086.asp
http://180graus.brasilportais.com.br/cultura/equotpelas-estradas-desses-brasisequot-faz-um-retorno-a-cultura-de-teresina-223376.html
http://www.piaui.pi.gov.br/materia.php?id=35937
http://www.sistemaodia.com/noticias/pelas-estradas-desses-brasis-sera-apresentada-em-teresina-47768.html

Ao final do show tivemos contato com artistas locais e apreciadores da boa arte que por lá estiveram para nos prestigiar. Bons contatos foram feitos.

Agradecemos ao Lucas e a toda equipe da MPC de Teresina que estiveram conosco nos apoiando em mais essa iniciativa.

Na madrugada do dia 19 retornamos para Brasília. Como foi bom chegar em casa... Mas certamente parte do coração ficou ali, semeado por entre os babaçus, as pedras e as estradas daquela parte do país. Esperamos um dia voltar àqueles locais, se assim Deus for servido.

(foto de Beto Ribeiro)

de codó para teresina

A viagem da troupe “Pelas estradas desses brasis” seguiu de Codó (MA) para Teresina (PI). Foram pouco mais de duas horas de estrada, parando em Caxias (MA) para dar um abraço no amigo músico Naum Esteves.

Naum é um grande artista popular cujo trabalho é reconhecido tanto fora quanto dentro da igreja. Há alguns anos atrás ele foi contratado por uma grande gravadora do meio “gospel” (não sei porque, mas não gosto desse termo quando se refere à música feita por brasileiros...). Teve e ainda tem canções gravadas por nomes que alavancam a indústria cultural no meio cristão. No entanto, o primor da obra de Naum o povo brasileiro ainda desconhece. Ele tem uma maneira toda especial de dizer do povo nordestino e seu encontro com o Evangelho, estilo que vi em poucos artistas cristãos. O meu desejo sincero é que ele possa gravar também esse outro lado de suas obras para que o povo brasileiro seja enriquecido com essa bela obra.

Chegamos em Teresina e fomos diretamente para o Congresso de Jovens da AICEB (Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas). Eram mais de 600 congressistas reunidos numa casa católica, nos arredores da capital piauiense. Nossa participação foi pequena, com apenas duas apresentações nas noites e uma condução de cânticos num período da manhã. No entanto foi muito bom estar ali e fomos recebidos carinhosamente.



Foto de Beto Ribeiro

Tivemos momentos agrabilíssimos e abençoadores, como as mensagens do Pr Natã e as conversas de corredores com irmãos de diversas localidades. Percebemos que boa parte da igreja ainda não está acostumada em ouvir músicas nos ritmos nacionais. O “ti-cum-bum” norte americano é bem assimilado e predomina. Quando ouviram nossas canções em ritmos de xote, baião, pagode de viola, catira, bumba-meu-boi, entre outros, parte do povo estranhou. Creio que o nosso trabalho também passe por aí: uma conscientização de que a cultura brasileira não é algo a ser descartada, mas a ser resgatada pelo Evangelho. Não é um trabalho fácil, mas necessário.

Na noite de sexta-feira tivemos contato com expressões culturais regionais diversas nesse congresso, como por exemplo a demonstração do carimbó, feito pelo pessoal de Belém e os vídeos sobre o ritmo do Boi Bumbá de Parintins, tocados por jovens daquele região, que me foi presenteado pelo Silvano.

Foto de Beto Ribeiro

Resta-nos agradecer aos queridos da AICEB que mais uma vez nos receberam com tanto carinho. Valeu por tudo!

28 julho 2009

numa casa de codó novo...

foto de Beto Ribeiro

uma cidade marcada por nomes interessantes

Carlinhos e Rubão sendo entrevistados pelo Pé de Queijo


Numa das entrevistas que demos em Codó, fomos recebidos carinhosamente pelo repórter da TV Record local. Rapidamente houve uma identificação e a entrevista foi alinhavada. Quando perguntei qual era o seu nome, ele me respondeu: “Pé de Queijo”. Insisti: “Como é que você quer que eu te chame no ar?”. “É Pé de Queijo mesmo... aqui eu ando pelas ruas e a meninada vem atrás... Pé de Queijo, Pé de Queijo!!!”.

Foi a partir daí que comecei a prestar atenção nos apelidos. Aliás, diga-se de passagem que todos têm seu apelido em Codó! Tornou-se uma questão cultural. Conhecemos o Mimi, o Carneirão, o Dedos de Aço, o Jacaré, que é irmão do Solteiro (que por sinal é casado), o Salada, Mucubu, Zoião, Braço de Radiola, Fogoió Cabeça Gorda Pai e Fogoió Cabeça Gorda Filho, Bafo-de-Onça, Seu Mim, Parente, Caixa de Marcha, Cazoberto, entre outros. E isso não é apelido de menino não. É de gente grande mesmo, alguns até ocupando cargos importantes na cidade.

Se parasse por aí, já seria bastante interessante. Mas, comecei a perceber que engraçados e diferentes não são só os apelidos dos cidadãos codoenses. Pesquisando fiquei sabendo de nomes como Elsextogênito (o sexto filho gerado), Eros Amente, Ednóssomo, Selah Solene de Aven (numa referência ao termo que surge em alguns salmos bíblicos), São Juízo, Selenita Septinosa, Iram Noviça, Padre Cícero Romão Batista, Belselmo (filho de Benedita com Alselmo), entre vários outros. Coisas de Codó!!!

um pouco mais sobre codó

Pedro Veiga no Banho São José (foto de Beto Ribeiro)


Os dias que a troupe “Pelas estradas desses brasis” esteve em Codó foram ricos de muita comunhão. Até uma tarde no “Banho São José” pudemos usufruir, com direito ao um almoço regado a carne de tatu. Coisas de Anselmo Neto, o produtor da viagem. Foi um tempo agradável de descanso, depois de muito trabalho.

No entanto, fizemos questão de conhecer também o lado sombrio de Codó. Nem tudo lá são flores e risos. Sabemos que o Maranhão também sofre da mesma disparidade social de todo o país e Codó, não é exceção à regra.

Numa tarde demos um giro pelos bairros de São Pedro e Codó Novo e o que vimos foi dezenas de crianças com os pés descalços correndo pelas ruas, brincado ao som do sempre presente reggae e também do sucesso gospel “Faz um milagre em mim”, de Regis Danese. As casas em sua maioria eram de taipa, algumas tendo por telhado folhas de babaçu. Pelas ruas escorria o esgoto a céu aberto.


(foto de Beto Ribeiro)

Segundo fomos informados, o inchaço de Codó se deu a partir da segunda metade dos anos 70, quando as terras foram apropriadas por empresários da região que forçaram o povo do campo a se deslocar para as cidades por questão de sobrevivência. O resultado, como era de se esperar, foi o aumento do bolsão de miséria em torno da cidade.

Estivemos na delegacia da cidade numa quarta-feira pela manhã. Um dos integrantes da nossa banda havia perdido seus documentos. Ficamos impressionados com o intenso movimento de pessoas no local registrando a ocorrência de assaltos, agressões e outros delitos. A violência é apenas uma das manifestações do que a injustiça social pode gerar.

E o que a igreja tem feito para mudar esse quadro? Essa é a pergunta que sempre vem à tona, não só em Codó, mas em todos os lugares por onde temos passado, inclusive em nossas próprias cidades. Tenho percebido que algumas igrejas tem se mobilizado para transformar a realidade das famílias carentes de nosso país e isso é fruto de uma leitura mais encarnada do Evangelho. A Missão Integral tem ajudado muito as igrejas de nosso país a compreenderem sua ação missionária de modo abrangente e bíblico. Mas as manifestações dessa encarnação ainda são raras. Estamos apenas à caminho...

Digo isto porque naqueles dias estávamos visitando uma região que foi grandemente prejudicada pelas chuvas torrenciais do início do ano. Pelos noticiários víamos as populações do Maranhão e Piauí desesperadas, perdendo tudo o que tinham por causa dos rios que transbordaram. No entanto, dois meses depois estávamos no local dos flagelos e em momento algum ouvimos ou vimos alguma ação das igrejas evangélicas com respeito aos desabrigados. Nem mesmo ouvimos alguém tocar no assunto.

Lembrei-me da Rosa, uma irmã da nossa igreja em Brasília, que abalada com as notícias sobre as chuvas em Santa Catarina começou a procurar na internet uma igreja que estivesse acolhendo os desabrigados ou mesmo fazendo algo para ajudá-los. Ela desejava contribuir com uma ação social que partisse de uma comunidade evangélica. Depois de muita procura me disse frustrada: “não consegui encontrar uma só igreja que esteja fazendo algo”. “É uma pena, Rosa...”

19 julho 2009

uma vida dedicada ao ministério

Pr Gegê (foto de Beto Ribeiro)


Nessa viagem o grupo do projeto “Pelas estradas desses brasis” teve o privilégio de conhecer muitas pessoas envolvidas com a pregação do evangelho no nordeste brasileiro. Uma dessas pessoas especiais, foi o Pr Genésio Guimarães Lima, pai do músico Rubão.

Com 79 anos de idade, esse pastor batista dedicou 46 anos ao ministério da pregação. Pr Gegê, como carinhosamente é conhecido, iniciou seu ministério em 1954, no Maranhão. Em 1958 foi trabalhar na 1ª de Igreja de São Luís, na congregação do bairro de Fátima (na época chamado Cavaco), como evangelista, onde depois veio se formar a Igreja Batista Bereana. Em 61 a congregação passou a ser igreja e ele assumiu a liderança do trabalho. Um ano depois foi consagrado ministro do evangelho.

Em 1968 mudou-se para Recife, com a fim de estudar no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Concluiu seus estudos em 72 e retornou para São Luís para trabalhar como diretor do Departamento de Missões do Estado do Maranhão. Assumiu também, na mesma época, a Congregação Batista do São Francisco.

Em abril de 75, mudou-se para Codó, onde assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista. A igreja possuía um templo pequeno e sua ação na cidade era quase sem nenhuma relevância. Estavam arrolados 46 membros. Ele entendeu que a cidade era um enorme desafio de Deus para a sua vida. Ali, desenvolveu o trabalho, organizando inicialmente a música. No seminário aprendeu saxofone, mas visando facilitar a comunicação com o povo da cidade, levou consigo um acordeom. Pouco tempo depois se converteu um violonista que veio somar ao trabalho musical da igreja.

Segundo o pastor, “foi um período fértil de muitas conversões”. Alguns anos depois a igreja já possuia 308 membros batizados. As cadeiras doadas pelo antigo cinema já não conseguiam comportar o fluxo de novas pessoas, Foi necessário conseguir mais bancos que eram colocados nos corredores e nas laterais do templo. O ministério expandiu.

Em 1977 fundou a Igreja Batista Luz e Vida, em Caxias. A igreja foi organizada com 160 membros, a partir de um grupo dissidente. Fundou ainda as congregações nos povoados de Santa Clara, São Benedito, São Domingos, Timbiras e ainda as congregações no Km 17 e da Fábrica de Cimento, na cidade de Codó.

Depois de aposentado, foi desafiado a assumir uma nova congregação, onde veio ser organizada a Segunda Igreja Batista da cidade.

Hoje mora em Pedreiras e coopera com a Primeira Igreja Batista do Engenho, uma comunidade de poucos membros.

A equipe do "Pelas estradas desses brasis" teve o privilégio de usufruir da companhia agradabilíssima e sempre alegre do Pr Gegê. Momentos que guardaremos para sempre em nossa memória. Um homem de Deus!

movimento cultural em codó

(foto de Beto Ribeiro)

(foto de Beto Ribeiro)
Na segunda-feira, dia 13 de julho, foi o dia da apresentação do “Pelas estradas desses brasis” na cidade de Codó (MA). O show foi realizado na quadra de esportes do Colégio Batista da cidade, reunindo mais de 400 pessoas e movimentando a cidade.

A abertura do show foi feita por artistas da região. O primeiro a se apresentar foi a banda formada pelos professores e alunos da escola de música do Colégio Batista, relembrando canções conhecidas no meio evangélico. Logo depois, apresentou-se Orlando Maranhão, artista engajado nas questões ecológicas da região que apresentou entre suas canções a bela “SOS Itapecuru”, música conhecida da população local e que trata sobre a preservação desse importante rio da região. Orlando é conhecido em todo norte e nordeste brasileiro por suas participações em festivais.


(foto de Beto Ribeiro)

Carlinhos Veiga, Rubão e banda apresentaram um show mesclando canções de suas autorias com MPBs conhecidas do público. Músicas consagradas como “Ultimo Pau de Arara” e “Trem do Pantanal” foram apresentadas ao lado de “Jamaica brasileira” e “Rua de menino”, de Rubão, e “Acuípe” e “Esse mundo tá louco”, de Carlinhos Veiga. Ao final Rubão entoou “Sou de São Luis”, que foi acompanhada de maneira emocionada pelo público presente.

A banda que acompanha Carlinhos (voz, viola caipira e violão) e Rubão (voz e violão) é formada por Pedro Veiga (baixo), Juninho (acordeom), Jader Steter (bateria) e Ismael Rattis (percussão). A equipe ainda conta com a participação de Beto Ribeiro (assessoria de mídia) e Neto (produção).
Assista a música "Brasis do Brasil", cantada por Carlinhos Veiga, no show de Codó, através do link http://www.youtube.com/watch?v=eMbwqF1sppo. É só clicar!

de são luis para codó




(fotos de Beto Ribeiro)

Rubão, Carlinhos Veiga e banda participaram em cultos de três igrejas em São Luís, nos dias que ali permaneceram. Na quinta-feira, dia 09, cantaram na Catedral Maranata de Louvor, no bairro do Turu. O ministro de louvor, Jean, esteve à frente da programação. Muitos cânticos novos foram ensinados à igreja que sempre respondia com muito entusiasmo. Vale a pena citar que a característica principal do trabalho musical deste grupo é a linguagem brasileira de suas canções, valorizando os ritmos nacionais. Cânticos nos ritmos de xote, baião, pagode de viola e reggae foram entoados contagiando a todos. O pregador da noite foi o Carlinhos Veiga que discorreu sobre a pesca maravilhosa, citada em Lucas 5.

Na sexta-feira, dia 10, o grupo se apresentou para um grupo bastante heterogêneo na Igreja Assembléia de Deus da Cohab, entoando canções antigas, mescladas com os novos cânticos de seu repertório. A igreja estava praticamente lotada, algo incomum para um culto de semana. Nessa noite Carlinhos Veiga pregou sobre Louvor e Adoração, baseado no Salmo 150.

A última apresentação em igrejas de São Luis aconteceu no domingo, dia 12, pela manhã. Os músicos foram recebidos de maneira muito carinhosa pela Igreja Batista do Calvário, no bairro São Paulo. Sob a liderança do Pr Vladimir Camilo, esta igreja está há 42 anos servindo ao Senhor continuamente. Foi uma manhã abençoada de testemunhos e muita música.

Após o almoço o grupo se despediu da capital e seguiu para Codó, uma cidade do interior do Maranhão, distante 301 km. Pelo estado precário da rodovia, a viagem se estendeu por mais de 5 horas. Codó está situada na região central do estado, conhecida como região dos cocais. Com aproximadamente 130 mil habitantes, o município é movimentado economicamente pela agricultura familiar, pecuária e a exploração do babaçu.

Carlinhos, Rubão e banda se apresentaram na noite do domingo, dia 13, na Primeira Igreja Batista. Carlinhos foi o pregador, trazendo uma mensagem evangelística. O templo estava lotado.


Para ver um vídeo sobre "pelas estradas dá um sono..." acesse o link http://www.youtube.com/watch?v=TTbydXADaSI



show no joão do vale




O movimento cultural da cidade de São Luís do Maranhão impressiona a todo aquele que a visita. São inúmeros shows acontecendo simultaneamente nos centros culturais e teatros, apresentações de artistas da cidade nos bares do centro histórico, nos quiosques na orla marítima, nas casas de shows da periferia. Essa capital que impressionava como a cidade onde existe um poeta em cada esquina, tem sido conhecida também como uma grande produtora e incentivadora de músicos e instrumentistas.

No sábado, dia 11 de julho, a Mocidade Para Cristo de São Luís promoveu no Teatro João do Vale, situado no centro histórico Reviver, o espetáculo “Alumiô – porque semo o sar da terra e o candiêro do mundo”. É o terceiro ano que esse espetáculo evangelístico acontece contado a história de personagens simples do sertão, numa linguagem cômica. É uma estória contínua, desde o primeiro ano, onde a cada ano os mesmos personagens se reencontram e se envolvem em novas tramas. Nesse ano a apresentação teatral foi ampliada com a inserção do show musical “Pelas estradas desses brasis” dos artistas Rubão e Carlinhos Veiga.

O teatro estava quase lotado, sendo prestigiado por pessoas de diversas faixas etárias. Segundo os promotores do evento, o retorno foi muito bom, e já planejam organizar a próxima edição para 2010.
Assista a música "Sou de São Luis", de Rubão, cantado no show do Teatro João do Vale. É só cliclar no link http://www.youtube.com/watch?v=vmL2Hn9MhNg.

os sotaques do boi





(fotos de Beto Ribeiro)

No Maranhão o boi fala. E fala alto! Ainda sob os efeitos das festas juninas, o Governo do Estado, em parceria com a empresa Vale do Rio Doce, produz no mês de julho o “Vale Festejar”, no convento das Mercês, centro histórico da capital. É um mês inteiro de festas, onde de quinta a domingo os diversos bumbas-meu-boi do estado são apresentados à população e aos turistas. É uma festa de grande beleza!

O bumba-meu-boi maranhense tem três sotaques marcantes: de orquestra, de matraca e de zabumba. O primeiro é caracterizado pela rica presença dos instrumentos de sopro, conduzidos por uma banda de peso. Produz um som vibrante, marcado por uma coreografia de rica beleza, onde os passistas vestem roupas coloridas e luxuosas. É uma manifestação cultural mais produzida, teatral. Um dos bois de orquestra mais conhecido é o de Morros.

O boi de matraca, como o próprio nome diz, tem por acompanhamento básico a matraca , um instrumento feito de duas peças de madeira que, quando percurtidas, produzem um som estridente e característico desse ritmo musical. Acompanham ainda o pandeirão e o tambor de onça, que imita o som do boi. Quando os instrumentos soam “a terra treme”. É uma festa bastante popular, produzida pelo povo. Muito embora seja menos luxuosa que o boi de orquestra, possui também uma beleza exuberante. O mais famoso nesse sotaque é Boi da Maioba (um povoado dentro da Ilha).

O boi de zabumba é o mais carregado dos três e valoriza elementos espirituais. Além dos personagens tradicionais da Catirina e do Pai Francisco, traz os “cazumbás” que são os espíritos da floresta. É marcado por instrumentos percussivos de pele, como o pandeirão e o tambor de onça. Sua sonoridade remete aos ritmos afros. O boi de zabumba que se destaca é o Boi de Guimarães.

Ainda no “Vale Festejar” o povo tem contato com as danças cacuriá e tambor de crioula, também característicos da cultura maranhense.

uma rádio a serviço do reino



Há dezenove anos surgia em São Luis do Maranhão a primeira rádio evangélica no Brasil. Era a Esperança FM, ligada às Assembléias de Deus. Através dela milhares de pessoas tiveram o contato com o Evangelho de Jesus Cristo por meio de sua programação que consta basicamente de programas musicais e pregações bíblicas.

Carlinhos, Rubão e banda foram entrevistados num dos programas de maior audiência da cidade, no período da manhã, apresentado pela radialista Aldinha. É um programa de variedades, com a participação do público em geral e entrevistas. O grupo foi muito bem recebido e pode mostrar um pouco de seu trabalho ao vivo.

Recentemente a FM Esperança passou a produzir também programas de TV em parceria com a Rede Boas Novas, com sede em Belém e conduzida pelo Pr Samuel Câmara. Ela entra na grade horária daquela empresa produzindo programas locais veiculados apenas para o estado do Maranhão. A produção ainda é pequena, mas tende a ser ampliada com o crescimento da TV local.


alcançando a juventude maranhense com o evangelho

A Mocidade Para Cristo é uma missão que surgiu nos Estados Unidos em 1945, no período pós-guerra. Sua missão é anunciar o Evangelho de Jesus Cristo à juventude. Na década de 50 essa missão chegou ao Brasil e hoje se espalha por mais de 30 cidades. Uma das capitais onde a missão se instalou foi São Luis, no Maranhão. O trabalho ali começou por iniciativa de jovens locais, logo após a realização do congresso Geração 90, em Brasília. No entanto, anos depois o trabalho foi encerrado por falta de liderança.

Com o surgimento, no Maranhão, do movimento de mães de oração Desperta Débora, no ano de 2000, um grupo de mulheres começou a orar pelo despertamento espiritual dos jovens ludovicenses. A resposta dos céus foi rápida. O trabalho foi logo retomado por um grupo que passou a ter contato com o trabalho da MPC do Brasil por meio da internet e do contato com o diretor executivo da missão, Marcelo Gualberto. Orientados por Eliane Werner, assessora ministerial, os primeiros ministérios foram reiniciados.

O atual secretário executivo da Filial São Luis é Yatha Anderson Borges de Lima, 31 anos. Casado com Hellen, e pai de Imna e Abraão, está há 4 anos liderando a missão. Segundo Yatha, os desafios da Ilha do Amor, como carinhosamente São Luis é chamada, são enormes.

Com uma população de aproximadamente 1 milhão de pessoas, cerca de 40% da cidade é tida por evangélica, segundo constata Yatha. No entanto, os problemas sociais são graves. Os contrastes alarmantes criaram um verdadeiro abismo entre a camada mais rica da população e os mais pobres. A educação pública está sucateada, enquanto que universidades particulares são conhecidas pelo bom nível. Faltam oportunidades de emprego. Talvez um dos maiores desafios que a cidade enfrenta seja a prostituição infanto-juvenil, incentivada largamente pelos promotores do turismo sexual.

A MPC busca combater essas realidades com uma atuação constante em diversas áreas. Seu principal foco de atuação é nas escolas, através dos clubinhos bíblicos e dos mutirões evangelísticos – onde realizam eventos associados à distribuição de farto material bíblico. Entendem que a escola é um dos principais campos missionários em nosso país.

Pensando nos desafios da educação, criaram o Projeto Flecha. Nele, selecionam alunos da rede pública, principalmente os mais carentes, e oferecem um curso pré-vestibular gratuito, com a participação de igrejas que cedem suas instalações e de professores voluntários, a maioria atuando nas universidades. Àqueles mais necessitados é oferecida uma ajuda de custo para o transporte. No ano passado 25 alunos fizeram o curso e dois foram aprovados na UEMA – Universidade Estadual do Maranhão. Outros se abriram para o evangelho e experimentaram transformações em suas vidas pessoais e familiares. “A equipe vê o resultado e agradece a Deus pelas vitórias”, afirma Yatha.

O Projeto Reviver foi criado numa parceria entre os governos estadual e federal, com o fim de revitalizar o centro histórico. Prédios, praças e ruas foram restauradas, remetendo aqueles que por ali passam ao rico arcabouço histórico da cidade. No local existem vários espaços culturais, bares e teatros. A MPC, aproveitando o movimento do local, criou o “Quintas para Reviver”, onde realizam, às quintas-feiras, atividades culturais e evangelísticas nas praças, através de música e pantomima.

Aproveitando o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente no bairro do Barreto, um dos mais violentos da cidade, a MPC iniciou um trabalho com a juventude do local. Mensalmente realizavam um encontro com a juventude, oferecendo palestras com temas pertinentes à conscientização social. O trabalho foi complementado com a realização de um acampamento evangelístico. Um trabalho que rendeu frutos para a comunidade local.

Para contatos com a MPC, escreva para yathanderson@hotmail.com ou visite o site http://www.mpc.org.br/.

Assista uma breve entrevista com Yatha no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=ULsSPRTMQVQ

pelas estradas desses brasis no nordeste


Em 2008, Carlinhos Veiga realizou na cidade de Brasília um projeto cultural denominado Pelas Estradas desses Brasis, numa parceria com a FUNARTE – Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura. Foram quatro shows realizados na Sala Cassia Eller, onde Carlinhos trazia um convidado de uma parte do país e dividia com ele o palco. Nessa primeira edição, teve o privilégio de receber quatro parceiros de muito talento: Stênio Március (SP), Rubão (MA), Expresso Luz (GO) e Telo Borges (MG).

Uma síntese do projeto foi realizada no mês de abril na cidade de Belo Horizonte, por ocasião do Som do Céu 25 anos, contando com a presença de Carlinhos e os quatro convidados.

Agora, o projeto percorre o nordeste. Carlinhos e Rubão visitam por dez dias as cidades de São Luis, Codó e Teresina, levando sua arte e sua mensagem em espaços culturais, igrejas e praças.

A equipe é formada por: Carlinhos Veiga (voz, viola caipira e violão), Rubão (voz e violão), Jader Steter (bateria), Ismael Rattis (percussão), Pedro Veiga (baixo e vocal), Juninho (acordeom) e os apoiadores Beto Ribeiro (assessoria de mídia) e Neto (produção).

O grupo saiu de Brasília na noite de quarta-feira, dia 08 de julho, chegando a São Luis na madrugada do dia 9. Foram recepcionados pela equipe da Mocidade Para Cristo, sob a liderança de Yatha Anderson, responsável pela agenda do grupo na cidade.

Nesse primeiro dia Carlinhos Veiga, Rubão e banda se apresentam na Catedral de Louvor Maranata, no bairro Turu. Logo após visitam o Vale Festejar, no Convento das Mercês, a fim de ter contato com os diversos sotaques de bumba-meu-boi da cidade.

12 junho 2009

pirenópolis – cidade locação para o meu primeiro dvd






Pirenópolis é uma das principais cidades históricas desse meu Goiás. Foi fundada em 1727 por Urbano do Couto Figueiredo, companheiro do bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva. Seu nome inicial era Nossa Senhora do Rosário de Meia-Ponte.

A mudança de Meia-Ponte para Pirenópolis é atribuída ao Padre Antônio Justo Machado Taveira. Esse nome foi dado por um espanhol saudoso de sua terra natal, que comparava as belas serras da região aos Picos dos Pireneus, estabelecidos na Europa. Por isso Pirenópolis – cidade dos Pireneus.

O músico mais antigo da região que se tem registro é o Vigário da Vara José Joaquim Pereira da Veiga. Constam nos registros da cidade duas de suas composições, pequenas peças. Nascido em 1772, ordenou-se no Rio de Janeiro em 1799. Foi nomeado vigário geral e governador da Prelazia de Goyaz e, posteriormente, vigário da Comarca Eclesiástica de sua terra. Além de professor de música, lecionava também latim e desenho.

Outra figura de grande relevância para a história da cidade é o artista plástico e escultor José Joaquim da Veiga Valle, nascido em 1806. De família simples, mas de projeção local, não freqüentou ensino formal e acredita-se que tenha começado a conceber sua obra no fértil ambiente artístico e religioso em que vivia. Em 1837 foi eleito vereador e em 1841 mudou-se para a cidade de Goiás, a convite do então presidente da Província, José Rodrigues Jardim, com a função de dourar os altares da matriz da capital. Veiga Valle constituiu por esposa Joaquina Porfíria Veiga Jardim, filha do presidente, com quem teve oito filhos.

Foi na cidade de Goiás que sua obra despontou, tornando-se um dos mais ilustres artistas sacros do país ao lado de Aleijadinho, na região das Minas Gerais. Fiel seguidor da estética cristã, fez apenas uma obra profana: um nu artístico, inacabado, que mede 25cm. Toda sua obra foi produzida de 1820 a 1873, com ajuda de seu filho Henrique, única pessoa a quem transmitiu seus conhecimentos.

Veiga Valle morreu em 29 de janeiro de 1874, sem sair da província de Goiás. O reconhecimento de sua obra veio apenas a partir de 1940, quando seu trabalho passou a ser exposto e debatido fora do estado natal.



Pirenópolis é uma cidade de grandes belezas. Por essas profundas ligações históricas com o meu estado, e trazendo marcas dos meus antepassados é que eu a elegi para ser o cenário do meu primeiro DVD, a ser gravado em início de 2010. Estamos trabalhando nos projetos de pré-produção e já podemos vislumbrar a riqueza que será esse trabalho.

A equipe que está se debruçando sobre esse projeto conta com as importantes figuras de Jader Gudin, Davi Julião, Olemir Cândido, Carlos Adriano Foizer, Márcia Pacheco, Luiz Volcov (um dos maiores incentivadores na concepção desse trabalho), Cláudia Barbosa, Leo Barbosa, entre outros. Contamos ainda com o apoio e colaboração do Sr. Gedson Oliveira, digníssimo Secretário de Cultura de Pirenópolis e o casal Toninho e Telma, simpaticíssimos proprietários da Fazenda Babilônia, uma das mais antigas da região (fundada em 1792).

É só aguardar, pois coisa boa vem por aí.